ATELIÊ CONSTRUINDO O SOM: ESPAÇO DE FORMAÇÃO MUSICAL

O Ateliê Construindo O Som® constitui um espaço de produção artística e de formação, com especialização em atividades de criação/confecção/utilização de fontes sonoras no âmbito dos processos artísticos e terapêuticos. O trabalho do Ateliê é potencialmente dedicado à produção e comercialização de instrumentos musicais altamente elaborados, destinados à utilização na iniciação musical e na musicoterapia. O músico, educador musical, pesquisador e construtor de instrumentos Roberto Luis Castro é o responsável por todas as etapas e processos deste sofisticado trabalho.

Desde o início, a orientação do projeto artístico, educativo e terapêutico de Roberto Luis esteve fundamentado na prática, na experimentação e nas pesquisas, a princípio através de docência em projetos de Arte-Educação em Salvador, logo em seguida passando a ministrar oficinas para professores de música e musicoterapeutas em diversas cidades brasileiras, consolidando a noção da importância do trabalho de resgate das fontes sonoras, priorizando os objetos artesanais pelas suas características regressivas e o conceito implícito de sustentabilidade.

A carência de instrumentos especializados no mercado nacional fez com que Roberto Luis desenvolvesse a produção em série de materiais sonoros específicos para a iniciação musical e a musicoterapia, atentando para a afinação padronizada e a possibilidade de combinação dos veículos sonoros com timbres de madeira e metal (xilofones, marimbas, metalofones, glockenspiels, etc).

Os apelos ao manejo consciente e equilibrado dos recursos naturais, assim como à reutilização dos materiais descartados pela sociedade de consumo, de forma a minimizar situações que venham a degradar ainda mais o meio ambiente, vem estimulando Roberto Luis a voltar sua atenção para as técnicas de produção de veículos sonoros elementares a partir de sucatas e outros materiais coletados e selecionados pelos sujeitos envolvidos no processo construtivo/reconstrutivo, visando novas descobertas individuais e novas possibilidades acústicas. Isso constitui, na verdade, um retorno às origens, já que o ciclo do trabalho foi: recursos naturais - sucatas - matérias primas industrializadas - resíduos sólidos.

Através desta linha de trabalho, o Ateliê se tornou num espaço de criação/produção, um espaço de difusão e busca coletiva de novas experiências com objetos sonoros, partindo de técnicas e materiais tradicionais, como as utilizadas na confecção de xilofones e kalimbas, e buscando alternativas de abordagem dos materiais-ferramentas-recursos, num processo orientado, porém aberto a novas concepções.

Assim, o Ateliê está preparado para abrigar atividades de construção de instrumentos com grupos de até 06 pessoas por vez e atividades de demonstração/experimentação de instrumentos envolvendo até 15 participantes por vez.